Acredito que meses ou anos antes de você se casar com a pessoa amada, teve tempo suficiente para conhece-lo(a) melhor, certo? Ao longo deste período juntos, você observou algo que o levasse a desconfiar das ações desta pessoa?
O período de namoro e noivado são indicados para que ao passar dos dias, você possa conhecer sua "Cara-metade" da melhor forma possível, você conseguirá por exemplo, ver o que ele(a) faz quando se sente constrangido(a), ou quando esta mentido ou até mesmo, se sentindo triste. Eu penso que um olhar vale mais que muitas palavras, pois você pode mentir com os lábios, mas não com o corpo e principalmente os olhos. Existem micro expressões que denunciam quando a pessoa esta escondendo alguma informação, e com o convívio, fica mais fácil de identifica-los.
Quando o momento de marcar a data do casamento finalmente se concretiza, certamente o sentimento de segurança de um para com o outro já esta consolidado e obviamente existe confiança entre ambos, mas o que muda quando depois de alguns anos de casamento a desconfiança, insegurança e até mesmo o ciúme surge entre o casal?
Inicialmente eu acredito que a desconfiança surja decorrente a um afastamento de Deus, de um convívio com a pessoa mais importante de casamento.
Dentre alguns fatores que fortalecem e tornam bem mais tranquilo o crescimento da confiança quero destacar dois que aprendi com o professor Albert Friesen.
Primeiro: Uma relação de fé estabelecida com Deus, obtida através de estudo e ensino básico da Bíblia. Não conheço fonte mais confiável para orientações de regra de prática e ética que a Bíblia, Nela encontramos orientações memoráveis que se colocarmos em prática, certamente seremos bem sucedidos, a questão é que, no casamento, não inserimos em nosso expediente, estas orientações, e as desconfianças logo aparecem, pois ao estar afastado de Deus, automaticamente estamos mais próximo da pratica do pecado, o deixa nosso cônjuge um pouco desconfortável, principalmente, se o casamento passar por crises pertinentes a união.
Segundo: A importância de um grupo compreensivo e solidário. Neste caso a igreja, ou algum grupo familiar que possua os recursos Bíblicos necessários para facilitar o crescimento do casal mesmo em meio a crise.
Obviamente, nenhuma ferramenta será suficientemente eficaz, caso um dos dois se recuse ou ofereça grande resistência que possa dificultar a reconciliação. Ambos precisam estar desarmados emocionalmente para que as ministrações possam ser eficazes auxiliando a restauração conjugal.
O casal precisa compreender que a maturidade emocional e espiritual é como um músculo. Ele se fortalece enquanto é utilizado e exercido.
Busque em seus sentimentos mais profundos o que realmente levou você a se casar, tente entender que todos os seres humanos são falhos e limitados, que estamos sujeitos a diversas adversidades que podem nos abalar de diferente forma, mesmo sendo situações idênticas. Cada ser humano, reage de forma diferente ao mesmo problema.
Dê uma oportunidade ao seu cônjuge de se expressar, de buscar demostrar para você o quanto lhe ama e qual a sua importância para sua vida, não dê ouvidos, para as palavras de familiares e amigos, motivando você a se separar ou não perdoar, ou até mesmo retornar para casa, estas pessoas se verdadeiramente desejassem seu bem, fariam exatamente o oposto, buscariam formas de aproximar você da pessoa amada.
O único motivo que compreendo ser necessário para uma separação é quando as agressões físicas se manifestam, neste caso, não existe mais nada entre o casal e a parte agredida, deve sim, procurar as autoridades policiais e registrar a agressão, para que o agressor seja preso e julgado por suas ações. Fora este motivo, eu sempre aconselho, o casal a buscar primeiramente a face de Deus, não vá para uma igreja pensando que no dia seguinte tudo estará bem, não é assim que funciona, busque a ajuda de Deus, faça as reparações necessárias e aguarde o tempo necessário para a pessoa que foi machucada emocionalmente se recupere, lembre-se que nenhuma ferida cicatriza da noite para o dia, e muitas cicatrizes ficam marcadas para sempre, mas não trazem dor.
Use-as como memorial, para que os problemas não se repitam, sejam amigos e confidentes um do outro, não escondam nada e acima de tudo confie em seu cônjuge.
Escolha ser feliz e não ter razão, uma boa conversa pode fazer milagres na vida do casal, principalmente se forem sinceros uma para com o outro e escolham em ouvir e perdoar, e não em culpa-los e usar esta conversa para separação.
Quando Deus criou o casamento, ele não inseriu nenhuma observação como por exemplo: "Vou me casar, mas se não der certo me separo" Deus criou apenas uma condição: "Vivam e amem um ao outro até que MORTE os separe!