Leia os dois primeiros capítulos desta obra!
Ele tomou o Cálice
em seu lugar
Ao meu Jesus que
tomou o cálice em meu lugar
Agradecimentos
Em primeiro lugar, agradeço ao meu Deus
que por sua misericórdia me permitiu escrever
este livro, sua inspiração foi de suma importância
para que eu compreendesse que para eu beber o
cálice da vida eterna, Jesus escolheu o cálice da
morte, por este motivo ser-lhe-ei sempre agradecido.
Agradeço à minha esposa Dione e minha
filha Luana por todo entusiasmo e motivação que
durante minha vida sempre estiveram presentes.
A presença de vocês representa o amor de
Deus para comigo como presente do Senhor.
Agradeço às minhas mães Leni e Penha
pelas orações incessantes. Aos meus pais Miguel e
Tiago pelas palavras de encorajamento nos momentos difíceis.
Ao amigo de todas as horas nestes últimos
treze anos, Luiz Cláudio Napoleão.
Agradeço às minhas amigas Isabel e Laila
pela ajuda imprescindível para a publicação desta
obra.
Capítulo 1
Cálice da Vida
Podemos ver em toda a história Bíblica e
secular, diversas citações sobre o simbolismo dos
cálices. Fala-se de todos os tipos, tamanhos e finalidades.
Conforme o dicionário “Houaiss” da língua
portuguesa, cálice é uma espécie de vaso quase
cilíndrico, usado durante a realização da Santa Ceia,
para a celebração do vinho; cálix 2 Copo de forma
aproximada semiesférica, alongada ou semelhante a
um cone invertido, que tem um pé (“parte inferior,
apoio”) formado por uma haste mais ou menos
comprida e uma base geralmente circular, usado para
certos tipos de vinho, licores etc.
Segundo o costume dos judeus, nos seus
sacrifícios de ação de graças, o anfitrião tomava em
suas mãos um cálice de vinho e com palavras
solenes, rendia graças e louvores a Deus pelos
benefícios recebidos naquela ocasião especial, e
passava depois o cálice a todos os convidados. o
Salmista refere-se a este costume em Sl 116.13
“Tomarei o cálice da salvação e invocarei o
nome do Senhor.”
Agradecer a Deus pelas conquistas, amigos,
saúde, trabalho entre outras coisas, demonstra
gratidão ao autor de tudo, que obviamente inclui a
vida.
Nosso Salvador, na célebre reunião em que se
despedia dos seus discípulos, seguiu a mesma prática.
“E, tomando o cálice e dando graças dizendo:
Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue, o
sangue do Novo Testamento, que é derramado por
muitos, para remissão dos pecados.” Mt 26.27-28
Você já se perguntou por que Jesus reuniu seus
discípulos à mesa e celebrou a ceia?
Comunhão. Este foi o motivo pelo qual Jesus
resolveu celebrar a ceia com seus amigos discípulos.
Quando existe comunhão existe vida.
E para você o que representa o cálice? Este
utensílio é utilizado na Bíblia quase em sua
totalidade no sentido figurado, demonstrando sempre
benção ou julgamento divino para uma nação ou
indivíduo. Onde se encaixa este pequeno “copo” na
sua vida? Perguntas como esta e outras que precisam
ser respondidas, como por exemplo: O que Jesus
tinha a ver com isso? Que juízo ele merecia e porque
ele se sujeitou a tamanho sofrimento? Qual será
nossa parte neste ato de amor?
O que ele tinha a ver com este assunto? Nada.
Segundo o que está escrito no Evangelho de João
cap.3:16 -17
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para
que condenasse o mundo, mas para que o mundo
fosse salvo por ele.”
Mostra o amor de Deus pelo homem que havia
perdido a comunhão devido ao pecado. Deus havia
feito várias alianças com o homem no Antigo
Testamento e todas foram quebradas pelo homem.
Tantos homens levantados por Deus para restaurar a
comunhão entre criador e criatura, entre o Pai e os
filhos gerados segundo a imagem e semelhança.
Juízes, profetas, reis, impérios, cativeiro... Tudo foi
feito por Deus para restaurar a aliança com o homem.
Imagino que, os sacrifícios de animais em
expiação pelos pecados se tornara insuportável aos
olhos do Senhor, parecia que existia um ciclo vicioso
sem verdadeiro arrependimento e consequentemente
sem perdão. O homem pecava, sacrificava, Deus
perdoava e algum tempo depois o homem pecava
novamente, sacrificava outro animal e assim
sucessivamente.
Havia necessidade de um sacrifício que
verdadeiramente remisse o pecado e restaurasse a
aliança entre o homem e Deus, mas não podia haver
sacrifício sem derramamento de sangue, e um justo
precisava morrer no lugar de um pecador. Você
consegue imaginar quem se candidatou à vaga de
cordeiro para o sacrifício em seu lugar?
Jesus vendo a necessidade deste último
sacrifício, não pensou duas vezes, e como podemos
observar o que o Apóstolo Paulo escreve aos
Filipenses 3:5-8
“De sorte que haja em vós o mesmo
sentimento que houve também em Cristo Jesus, Que,
sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando
a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E,
achado na forma de homem, humilhou-se a si
mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de
cruz."
Deixou a sua Glória por amor a você. Ele foi
maltratado, e quando estava na cruz, teve seu lado
perfurado por uma lança, se dando assim o
derramamento de sangue por você.
Davi no Salmo 16.5 declara as ações de Deus
descrevendo a vida como um presente do Criador:
“O SENHOR é a porção da minha herança e do
meu cálice, tu sustentas a minha sorte.”
Neste versículo podemos destacar três presentes
de Deus para Davi, que consequentemente nos
alcança nos dias hodiernos. “Porção” (parte que cabe
a um indivíduo, quinhão, bocado), com o sacrifício
de Jesus Cristo recebemos de Deus uma porção de
seu reino.
“Herança” (ação de herdar, de adquirir por
sucessão), recebendo uma porção da parte de Deus,
tornamo-nos herdeiros com Cristo.
“Sorte” (força invencível a que se atribuem o rumo e
os diversos acontecimentos da vida; destino, fado).
O presente que Davi descreve teve sua
confirmação em Cristo. Davi relata que a vida é um
presente de Deus e o presente que Ele nos deu, foi o
seu próprio filho.
Para que eu e você pudéssemos beber o cálice
da Vida, Jesus foi condenado a beber o cálice da
morte.
Capítulo 2
Cálice do Amor
Quando falamos em amor, qual a primeira coisa
que passa por sua mente? Sua mãe. Amor de mãe é
muito forte, não é verdade? Talvez você pense em
sua esposa ou seu marido, para viverem tanto tempo
juntos, realmente é necessário muito amor pois, são
pessoas bem diferentes que optaram em viver como
uma única pessoa, ou amor entre irmãos, com uma
forte ligação familiar, quando unidos são quase
imbatíveis, mas será que este tipo de amor pode ser
suficiente para encher um cálice que ao ser bebido,
possa nos preencher e nos satisfazer para sempre?
Este assunto é muito forte no Antigo
Testamento, onde podemos observar em diversas
passagens, o amor de Deus pelo seu povo e a forma
como o povo correspondia a este amor verdadeiro.
Amor, sentimento de apreciação por alguém,
acompanhado do desejo de lhe fazer o bem.
“E Jônatas fez jurar a Davi de novo, porquanto
o amava; porque o amava com todo o amor da sua
alma.” 1Sm 20.17
Bons amigos, um amor sincero, mas limitado
pelo tempo e pela morte. Este amor durou somente
durante o período em que eles se conheceram até o
momento da morte dos dois.
No relacionamento conjugal o amor envolve
atração sexual e sentimento de posse como podemos
ver em Cantares 8:6:13 17
“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo
sobre o teu braço, porque o amor é forte como a
morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas
brasas são brasas de fogo, labaredas do Senhor.”
O amor conjugal é bom, o próprio Deus o criou
quando formou o homem e a mulher, mas este amor
corre o risco de ficar doente e às vezes, leva à morte.
Note a parte “C” do verso, “duro como a
sepultura, o ciúme” este sentimento só nasce em um
relacionamento, quando permitimos a falta de
diálogo sincero entre os dois, quando deixamos de
ser um como instituído em Gn 2:24
“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua
mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”
Quando se começa viver separadamente
estabelecendo cada um o seu território. Duas pessoas
dentro da mesma casa, vivendo como se fossem
completos estranhos, até se tornarem inimigos.
Não foi assim que Deus planejou o casamento.
Quando Ele criou Eva, foi justamente para que ao
andarem juntos, pudessem ajudar-se mutuamente a
ponto de que se um tropeçar, o outro está pronto a apoiar.
“Melhor é serem dois do que um, porque têm
melhor paga do seu trabalho.” Ec 4:9
Quem escreveu esta frase foi Salomão, o homem
mais sábio do mundo segundo as palavras de Deus.
Quando os dois trabalham em prol do mesmo
objetivo, a velocidade que se alcança é muito maior,
já que ambos estão unidos no mesmo propósito,
conquistarão um maior numero de vitórias em menos
tempo do que os casais que cada um tem o seu
objetivo.
Você deve estar se perguntando o que isto tem a
ver com o cálice do amor! Tudo, pois, uma vez que
bebemos deste cálice, somos incapazes de provocar
dor em nossa outra metade, lembrando que “são”
dois uma só carne. Este cálice pode e deve ser doce,
o amor de Deus por nós é doce e puro, ele nos trata
como um esposo trata sua noiva quando está
completamente apaixonado. O verdadeiro significado
dessa palavra está claro em Oséias 2:19-20:
“Desposar-te-ei comigo para sempre;
desposar-te-ei comigo em justiça, e em juízo, e em
benignidade, e em misericórdias; desposar-te-ei
comigo em fidelidade e conhecerás ao Senhor”.
Note bem as palavras de Deus para seu povo,
em forma de uma declaração de amor: “Desposar-teei” celebrar, contrair núpcias com; casar(-se), aqui
podemos ver uma promessa. Compromisso eterno, ou
seja, sem possibilidade de separação. “Justiça”
Caráter, qualidade do que está em conformidade com
o que é direito, com o que é justo; maneira pessoal de
perceber, avaliar aquilo que é direito, que é justo.
O amor de Deus é igual para todos, a justiça
deve sempre prevalecer mesmo quando erramos, é
justo que reconheçamos e nos humilhemos, de forma
que ao reconhecer o erro, estamos praticando a
justiça e automaticamente o amor.
“Juízo” Indivíduo que sabe apreciar, avaliar.
Jr 11:20 diz que Deus é justo juiz. Ele nos ensina que
precisamos saber avaliar e apreciar as qualidades de
um indivíduo e não julgá-lo. Da mesma forma
quando tomamos o cálice do amor, somos capazes de
avaliar as qualidades e juntos tentarmos solucionar os
defeitos, de forma que a vida conjugal seja da mesma
grandeza que Deus tem pela sua igreja.
“Benignidade” qualidade de benigno cuja índole
é boa; de bom caráter; benévolo, humano, bondoso
que é cortês, prestativo, no tratamento com os outros.
Fruto do Espírito, componente do cálice do amor,
essencial para a vida.“Misericórdia” sentimento de
dor e solidariedade com relação a alguém que sofre
uma tragédia pessoal ou que caiu em desgraça,
acompanhado do desejo ou da disposição de ajudar
ou salvar essa pessoa; dó, compaixão, piedade.
Parece ser um sentimento pequeno, mas na
verdade, é uma das maiores qualidades de Deus, que
é rico em misericórdias e elas são as causas de não
sermos consumidos, não podemos querer ser maiores
que Deus e não praticar a misericórdia.
Se este cálice Ele nos permitiu tomar, para que
o amor se tornasse parte dominante de nossa vida,
sem misericórdia não há amor, sem amor não há
vida.
Nas características do amor descrito em Oséias,
“Fidelidade” característica, atributo do que é fiel, do
que demonstra zelo, respeito quase venerável por
alguém ou algo; lealdade. Completando o cálice do
amor, aprendemos que se Deus nos amou primeiro e
permitiu que bebêssemos deste cálice tão vital para
nossas vidas, não podemos deixar de oferecê-lo a
outros, compartilhe o cálice do amor e veja como as
coisas serão diferentes em todos os seguimentos de
sua vida