Porquê não de joelhos?

Porquê não de joelhos?

 

Todos os anos no momento da virada de trinta e um de Dezembro para primeiro de Janeiro, bilhões de pessoas na face da terra escolhem de forma particular um em conjunto como receberão o novo ano.

Alguns viajam para lugares calmos, outros para lugares agitados, outros escolhem as praias para celebrar com queima de fogos e outros escolhem receber o novo ano em suas igrejas no culto que chamamos o “culto da virada”.

Por certo, algumas igrejas não o fazem, e quando isso não ocorre, optamos em nos reunir em casa e orar agradecendo por tudo o que vivemos no ano que se finda e obviamente pedindo bênçãos no ano que se aproxima.

Não existe uma forma correta de celebrar a chegada do novo ano, nem fórmula que pode garantir que tudo dará certo, mas existem opções que podem sim fazer a diferença entre estar vivo ou não no ano seguinte, vou contar o que aconteceu comigo.

No réveillon de 1994, estávamos em nossa casa, a ceia estava pronta, a mesa posta e restavam alguns minutos para zero hora, então, eu, minha mãe e meu padrasto fomos para o quarto dela orar, e como gostávamos de fazer inciar o novo ano falando com Deus, quando o primeiro minuto de 1995 bateu no relógio, começou o foguetório, e de repente, um projétil de pistola entrou pela porta da frente, furou a cortina que separava a sala do quarto, recocheteou na parede, voltou em direção a mesa a qual eu estava apoiado de joelhos, bateu no abajour em cima dela e ficou girando até parar diante dos meus olhos. Foi uma sensação assustadora e ao mesmo tempo milagrosa, pois se naquele momento se nós não estivéssemos ajoelhados provavelmente iniciaríamos o ano com uma tragédia na família.

O fato de naquele ano, decidir entrar orando, salvou minha vida, pois a primeira pessoa mais próxima da porta, era eu.

No réveillon de 1999 para 2000, decidimos em família viajar e receber o novo milênio na linda praia do forte em Cabo Frio, as pessoas que amamos estavam todas ali, mas no momento em que a queima de fogos inciou para celebrar 2000, minha alma entrou em total desespero, pois eu não tinha naquele momento, espaço nem privacidade para estar conversando em particular com aquele que me livrou da morte anos antes, e minha esposa, também se sentiu um peixe fora d’agua naquele momento. Foi o primeiro e último réveillon que passamos daquela forma.

Graças a Deus nada de ruim nos aconteceu, mas todos os anos, vemos nos jornais que alguém se feriu, seja por fogos, seja por projétil ou outra ação. A maioria das pessoas que vão para a praia, vão com seus corações puros, esperançosos e em família, mas infelizmente, sempre existe alguém que é usado pelo inimigo para destruir vidas.

Muitos consideram inciar o ano na igreja um fanatismo, eu prefiro entrar os primeiros minutos do ano, com o único que pode fazer a diferença em minha vida durante todo o ano. Deus.

Você tem a liberdade de receber os próximos anos como gosta de fazer, não há pecado algum, se você está com sua família e amigos, fique a vontade, mas eu gostaria de convidar você e experimentar ao menos uma vez em sua vida, reunir sua família alguns minutos antes da virada, e trocar a bela vista da queima de fogos, pela perspectiva de um futuro melhor, conversando com Deus, e porquê não de joelhos?

Existe um ditado que diz: “Quando nos ajoelhamos diante de Deus, não nos curvamos diante das adversidades”

Robson Ferreira 03/01/2019